sábado, 24 de setembro de 2016

Você sabia que pó de café serve como esfoliante?

Aparentemente serve. Vi isso na internet.
Ah, eu amo a internet! E também amo escrever. E por amar essas duas coisas, quando elas permanecem simultâneas, nasce um blog.
Eu já tive uns 300 blogs e sempre desisto enquanto escrevo um post de apresentação. Há algo muito desestimulador em se identificar, em dar um monte de rótulos. Ainda mais para algo tão doido quanto viver. Viver é tão maluco  que me dá uma puta vontade de escrever. 
Eu sempre tenho medo de escrever sobre as coisas. Quem me conhece - quem me conhece? quem realmente me conhece?! - sabe que quando eu realmente preciso dizer como eu me sinto, eu só consigo fazer isso escrevendo um bom, velho e enorme texto. De alguma forma, na minha organização mental, quando eu escrevo estou legitimando as coisas (Freud explica?). Então sempre tomo cuidado ao escrever sobre a vida, apesar de ser refém das palavras. Elas são minhas donas. E eu particularmente amo isso. 
Então estou aqui, em uma madrugada de sábado - se você for metódico, considere domingo - tentando enganar a minha mente para que ela não pense que estou fazendo uma primeira postagem de um blog, pois se ela perceber, ela vai me fazer desistir. E eu não quero desistir. Eu quero continuar. Eu quero poder ter um espaço nesse mundo no qual todas as coisas estão mudando de forma tão veloz e poder chamar isso de meu. Me desculpe pelo egoísmo, mas eu preciso disso.
Então ao invés de criar um post me rotulando, posso escrever em um blog diversas vezes. E quem sabe um dia olho para isso tudo e me identifico? Olho e me vejo? Olho e penso "sou eu!"? Pois se tem algo que tem me dado muita alegria, é perceber que eu tô aqui. Viva. Respirando segundo após segundo. Construindo algo por mim (apesar das pinceladas da sociedade). De alguma forma, eu fiz isso durante dezenove anos. 
Já fui tanta coisa que nem sei. Já disse que não ia ser e acabei sendo. Já disse que ia ser e nem fui. Enquanto eu ia, eu fui. Enquanto pensava em ir, já tava indo. Tentava dizer que era, mas, coitada de mim, ignorando a volatilidade dessa vida: eu já tava sendo. Eu sou.
Apesar dos pesares, das lágrimas, dramas, raivas e todas as experiências de ser humano, me dá uma alegria pensar que eu tô fazendo parte dessa loucura. 
Então antes de ir embora, permitam-me deixar esse quadro. Nem sei muito sobre ele. Só sei que aparece no clipe da música Fucking Perfect da P!nk. Eu escutava essa música com 14 anos em uma tentativa de acender uma autoestima inexistente. Em algum momento posterior da vida fui rever o clipe. Olhei para o quadro e pensei "É exatamente quem eu sou!".
Então, leitor, leitora, eu mesma: eu não sei quem eu sou. Não sei quem eu vou ser. Tenho sérias em dificuldades em nomear quem eu fui. Nem me pergunta essas coisas pois já nem me interessa. Eu tenho firmeza nessas minhas andanças. Já domino essa coisa de parar de dar nomes e simplesmente viver. Então olha bem para esse quadro. Olha de verdade.
Essa sou eu! 

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